sexta-feira, 4 de setembro de 2009

SEGUNDA CARTA AOS CORINTIOS

Paulo escreve esta Carta provavelmente depois de ter abandonado Éfeso e quando se encontrava na Macedónia (2,13; 7,5), no fim do ano 56. Não é fácil reconstituir os acontecimentos que se passaram depois da 1.ª Carta (ver Intr. às Cartas aos Coríntios, p. 1862-63); mas, quando o Apóstolo se decide a escrever esta, fá-lo reconfortado com as boas notícias que Tito lhe trouxera de Corinto (7,13).

AUTENTICIDADE E UNIDADE A autenticidade paulina desta Carta é hoje comummente aceite, mas a sua unidade é objecto de muitas discussões. Se é inegável a unidade temática em volta do apostolado cristão, são evidentes também: as grandes diferenças entre a primeira parte, de tom afável, e a terceira, de tom severo que vai até à ameaça; a inserção violenta do trecho 6,14-7,1 na exortação iniciada em 6,11-13 e continuada em 7,2; o aspecto de duplicado do cap. 9 em relação ao 8. Uns defendem a unidade literária, bem apoiada pela tradição manuscrita, recorrendo à psicologia do Apóstolo ou a uma lógica do discurso diferente da nossa, para explicar as incongruências; outros vêem aqui uma compilação de cartas: o trecho 6,14-7,1 poderia corresponder à Carta pré-canónica (1 Cor 5,8-13), o cap. 9 seria um duplicado dirigido a um auditório mais vasto todas as igrejas da Acaia e os cap. 10-13 seriam a Carta escrita «entre muitas lágrimas» (2,4; 7,8). Mas as razões contra a unidade não são mais convincentes do que a hipótese contrária.

DIVISÃO E CONTEÚDO Sem obedecer propriamente a um plano, esta Carta divide-se em três partes claramente distintas:Prólogo, que tem uma saudação e uma bênção (1,1-11).I.Paulo faz a apologia do seu comportamento em relação aos coríntios (1,12-7,16). Começando por se defender das acusações de inconstância e de leviandade que lhe fazem (1,12-2,17), sublinha, depois, a grandeza do ministério apostólico (3,1-6,10) e termina com um apelo à confiança afectuosa dos seus destinatários (6,11-7,16).II.Paulo dá instruções relativamente à colecta em favor da igreja de Jerusalém (8,1-9,15).III.Defesa de Paulo, que faz novamente a sua apologia, em tom polémico e cáustico, defendendo a autenticidade do seu ministério contra uma minoria de agitadores que trabalham no seio da comunidade (10,1-13,13).

TEOLOGIA Escrita num estilo apaixonado e vibrante, onde abundam as antíteses e frases cheias de ritmo e de sentido que se tornaram célebres, esta bem pode ser considerada a Carta magna do apostolado cristão, que nos informa sobre aspectos relevantes da missão de Paulo e sobretudo nos revela a sua alma, no que ela tem de mais humano e sobrenatural.Não tendo o valor doutrinal da 1.ª Carta, dá-nos, contudo, preciosos ensinamentos sobre as relações entre os dois Testamentos (3-4), a Santíssima Trindade (1,21-22; 3,3; 13,13), a acção de Cristo e do Espírito Santo (3,17-18; 5,5.14-20; 8,9; 12,9; 13,13) e a escatologia individual (5,1-10).
PRÓLOGO (1,1-11)

1 Saudação - 1Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, e o irmão Timóteo, à igreja de Deus que está em Corinto, como a todos os santos que estão na Acaia inteira, 2a vós, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.

Bênção - 3Bendito seja Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação! 4Ele nos consola em toda a nossa tribulação, para que também nós possamos consolar aqueles que estão em qualquer tribulação, mediante a consolação que nós mesmos recebemos de Deus. 5Na verdade, assim como abundam em nós os sofrimentos de Cristo, também, por meio de Cristo, é abundante a nossa consolação. 6Se somos atribulados, é, pois, para vossa consolação e salvação. Se somos consolados, é para vossa consolação, que vos faz suportar os mesmos sofrimentos que também nós padecemos. 7E a nossa esperança a respeito de vós é firme, porque sabemos que, assim como sois participantes dos nossos sofrimentos, também o haveis de ser da nossa consolação. 8Não queremos, irmãos, que ignoreis a tribulação que nos sobreveio na Ásia. Fomos maltratados em extremo, acima das nossas forças, até ao ponto de perdermos a esperança de sobreviver. 9Sentimos cair sobre nós mesmos a sentença de morte, para que não puséssemos a confiança em nós, mas em Deus que ressuscita os mortos. 10Foi Ele quem nos livrou e nos há-de livrar de tão grande perigo de vida; nele colocamos a esperança de que sempre nos livrará, 11se vós também nos ajudardes, com as vossas orações, a fim de que o dom a nós concedido, pela intercessão de muitos, seja motivo de acção de graças para muitos, em nosso favor.

I. DEFESA DO APÓSTOLO (1,12-7,16)
Mudança de planos - 12Este é o nosso motivo de glória: o testemunho da nossa consciência de termos procedido no mundo, e mais particularmente em relação a vós, com a simplicidade e a sinceridade que vêm de Deus, e não com a sabedoria humana, mas segundo a graça de Deus. 13Na verdade, não vos escrevemos nada além do que podeis ler e compreender, e espero que o compreendais até ao fim - 14como em parte já nos compreendestes - que nós somos o vosso motivo de glória, como vós sereis o nosso, no dia do Senhor Jesus. 15Com esta confiança, tencionava primeiro ir ter convosco, para que recebêsseis uma segunda graça, 16passando por vós a caminho da Macedónia, para, de lá, ir outra vez ter convosco e ser por vós ajudado na viagem para a Judeia. 17Ao conceber este plano, será que usei de leviandade? Ou será que as resoluções que tomo são puramente humanas, de modo que haja em mim o "sim" e o "não" ao mesmo tempo? 18Mas Deus é testemunha de que a nossa palavra dirigida a vós não é «sim» e «não.» 19Pois o Filho de Deus, Jesus Cristo, aquele que foi por nós anunciado entre vós, por mim, por Silvano e por Timóteo, não foi um «sim» e um «não», mas unicamente um «sim.» 20Nele todas as promessas de Deus se tornaram «sim» e é por isso que, graças a Ele, nós podemos dizer o «ámen» para glória de Deus. 21Aquele que nos confirma juntamente convosco em Cristo e nos dá a unção é Deus, 22Ele que nos marcou com um selo e colocou em nossos corações o penhor do Espírito. 23Quanto a mim, invoco a Deus por testemunha, sobre a minha vida, de que foi para vos poupar que não voltei a Corinto. 24Não é porque pretendamos actuar como senhores sobre a vossa fé; queremos, antes, contribuir para a vossa alegria, porque, quanto à fé, estais firmes.
2 1Por isso, decidi comigo mesmo não voltar a ir ter convosco, estando triste. 2Com efeito, se vos entristeço, quem me poderá dar alegria senão aquele que eu tiver entristecido? 3E escrevi-vos justamente isto, para que, ao chegar, não sinta tristeza da parte daqueles que me deviam alegrar. Estou confiante, quanto ao que vos diz respeito, de que a minha alegria é a de todos vós. 4Foi, pois, em grande aflição e com o coração despedaçado, que vos escrevi entre muitas lágrimas, não para vos entristecer, mas para que conheçais o amor transbordante que vos tenho.
Perdão para o ofensor - 5Se alguém causou tristeza, não foi a mim, mas, de certo modo - não quero exagerar - a todos vós. 6Basta a esse homem a censura que a comunidade lhe infligiu. 7Agora, porém, é melhor que lhe perdoeis e o consoleis para que não sucumba ao peso de demasiada tristeza. 8Peço-vos, pois, que tenhais caridade para com ele. 9Realmente, quando vos escrevi, era minha intenção pôr-vos à prova, para ver se éreis capazes de obedecer em tudo. 10A quem vós perdoais, eu também perdoo. E se perdoei - na medida em que tinha de o fazer - foi por amor de vós, na presença de Cristo, 11para que não sejamos enganados por Satanás, já que não ignoramos as suas maquinações. 12Quando cheguei a Tróade, para pregar o Evangelho de Cristo, e apesar de lá me estar aberta uma porta no Senhor, 13não tive sossego de espírito porque não encontrei Tito, meu irmão. Despedi-me deles e parti para a Macedónia.
O ministério da nova aliança (Ex 33,7-11; 34,29-35) - 14Mas graças sejam dadas a Deus, que, em Cristo, nos conduz sempre em seu triunfo e, por nosso intermédio, difunde em toda a parte o perfume do seu conhecimento. 15Porque somos para Deus o bom odor de Cristo, para aqueles que se salvam e para aqueles que se perdem: 16para uns, odor da morte que conduz à morte; para outros, odor da vida que conduz à vida. E quem estaria à altura de uma tal missão? 17É que, de facto, não somos como muitos outros que falsificam a palavra de Deus, mas é com sinceridade, como enviados de Deus, que falamos em Cristo, diante de Deus.

3 Ministério do Espírito, não da letra - 1Vamos começar de novo a recomendar-nos a nós mesmos? Ou temos necessidade, como alguns, de cartas de recomendação para vós ou da vossa parte? 2A nossa carta sois vós, uma carta escrita nos nossos corações, conhecida e lida por todos os homens. 3É evidente que sois uma carta de Cristo, confiada ao nosso ministério, escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo; não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne que são os vossos corações. 4Tal confiança, porém, nós a temos diante de Deus, por meio de Cristo. 5Não é que sejamos capazes de conceber alguma coisa como de nós mesmos; é de Deus que provém a nossa capacidade. 6É Ele que nos torna aptos para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, enquanto o Espírito dá a vida.
Glória da nova Aliança - 7Ora se o ministério da morte, gravado com letras em pedra, foi de tal glória que os filhos de Israel não podiam fixar o rosto de Moisés, por causa do esplendor que nele havia, aliás passageiro, 8quanto mais glorioso não será o ministério do Espírito? 9Na verdade, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais rico de glória será o ministério da justiça. 10Mesmo até o que, sob tal aspecto, foi glorioso, deixou de o ser por causa da glória eminentemente superior. 11Se, com efeito, foi glorioso o que era transitório, muito mais glorioso é o que permanece. 12Na posse de uma tal esperança, procedemos com total desassombro. 13E não fazemos como Moisés, que punha um véu sobre o seu rosto para que os filhos de Israel não vissem o fim do que era transitório. 14Mas o entendimento deles foi obscurecido, e ainda hoje, quando lêem o Antigo Testamento, esse mesmo véu continua a não ser removido, pois é só em Cristo que deve ser levantado. 15Sim, até hoje, todas as vezes que lêem Moisés, um véu cobre-lhes o coração. 16Mas, quando se converterem ao Senhor, o véu será tirado. 17Ora, o Senhor é o Espírito e onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade. 18E nós todos que, com o rosto descoberto, reflectimos a glória do Senhor, somos transfigurados na sua própria imagem, de glória em glória, pelo Senhor que é Espírito.

4 Anunciar Jesus Cristo - 1Por isso, investidos neste ministério que nos foi concedido por misericórdia, não perdemos a coragem, 2mas repudiamos os subterfúgios vergonhosos, não procedendo com astúcia nem adulterando a palavra de Deus, antes, pela manifestação da verdade, recomendando-nos à consciência de todos os homens diante de Deus. 3Se, entretanto, o nosso Evangelho continuar velado, está velado para os que se perdem, 4para os incrédulos, cuja inteligência o deus deste mundo cegou, a fim de não verem brilhar a luz do Evangelho da glória de Cristo, que é imagem de Deus. 5Pois, não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor, e nos consideramos vossos servos, por amor de Jesus. 6Porque o Deus que disse: das trevas brilhe a luz, foi quem brilhou nos nossos corações, para irradiar o conhecimento da glória de Deus, que resplandece na face de Cristo.

Tribulações e esperanças do ministério apostólico - 7Trazemos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que se veja que este extraordinário poder é de Deus e não é nosso. 8Em tudo somos atribulados, mas não esmagados; confundidos, mas não desesperados; 9perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não aniquilados. 10Trazemos sempre no nosso corpo a morte de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifesta no nosso corpo. 11Estando ainda vivos, estamos continuamente expostos à morte por causa de Jesus, para que a vida de Jesus seja manifesta também na nossa carne mortal. 12Assim, em nós opera a morte, e em vós a vida. 13Animados do mesmo espírito de fé, conforme o que está escrito: Acreditei e por isso falei, também nós acreditamos e por isso falamos, 14sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus, também nos há-de ressuscitar com Jesus, e nos fará comparecer diante dele junto de vós. 15E tudo isto faço por vós, para que a graça, multiplicando-se na comunidade, faça aumentar a acção de graças, para a glória de Deus.

Na esperança da glória - 16Por isso, não desfalecemos, e mesmo se, em nós, o homem exterior vai caminhando para a ruína, o homem interior renova-se, dia após dia. 17Com efeito, a nossa momentânea e leve tribulação proporciona-nos um peso eterno de glória, além de toda e qualquer medida. 18Não olhamos para as coisas visíveis, mas para as invisíveis, porque as visíveis são passageiras, ao passo que as invisíveis são eternas.

5 1Sabemos, com efeito, que, quando a nossa morada terrestre, a nossa tenda, for destruída, temos uma habitação no Céu, obra de Deus, uma casa eterna, não construída por mãos humanas. 2E por isso, gememos nesta tenda, ansiando por revestir-nos daquela habitação celeste, 3contanto que nos encontremos vestidos e não nus. 4Pois, enquanto estamos na tenda gememos oprimidos, porque não queremos ser despidos mas revestidos, a fim de que o que é mortal seja absorvido pela vida. 5E quem nos preparou para isso mesmo foi Deus, que nos deu o penhor do Espírito. 6Portanto, estamos sempre confiantes e conscientes de que, permanecendo neste corpo, vivemos exilados, longe do Senhor, 7pois caminhamos pela fé e não pela visão... 8Cheios dessa confiança, preferimos exilar-nos do corpo, para irmos morar junto do Senhor. 9Por isso também, quer permaneçamos na nossa morada, quer a deixemos, esforçamo-nos por lhe agradar. 10Com efeito, todos havemos de comparecer perante o tribunal de Cristo, a fim de que cada um receba conforme aquilo que fez de bem ou de mal, enquanto estava no corpo.
O ministério da reconciliação - 11Compenetrados, pois, do temor do Senhor, procuramos persuadir os homens e viver plenamente transparentes diante de Deus. Mas espero ter-me também manifestado plenamente às vossas consciências. 12Não vamos recomendar-nos, de novo, a vós, mas queremos dar-vos a oportunidade de vos gloriardes por causa de nós, a fim de que saibais como responder aos que se gloriam das aparências e não do que está no coração. 13Porque, se entramos em exaltação, é por Deus; se somos sensatos, é por vós. 14Sim, o amor de Cristo nos absorve completamente, ao pensar que um só morreu por todos e, portanto, todos morreram. 15Ele morreu por todos, a fim de que, os que vivem, não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 16Por conseguinte, de agora em diante, não conhecemos ninguém à maneira humana. Ainda que tenhamos conhecido a Cristo desse modo, agora já não o conhecemos assim. 17Por isso, se alguém está em Cristo, é uma nova criação. O que era antigo passou; eis que surgiram coisas novas. 18Tudo isto vem de Deus, que nos reconciliou consigo por meio de Cristo e nos confiou o ministério da reconciliação. 19Pois foi Deus quem reconciliou o mundo consigo, em Cristo, não imputando aos homens os seus pecados, e pondo em nós a palavra da reconciliação. 20É em nome de Cristo, portanto, que exercemos as funções de embaixadores e é Deus quem, por nosso intermédio, vos exorta. Em nome de Cristo suplicamo-vos: reconciliai-vos com Deus. 21Aquele que não havia conhecido o pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nos tornássemos, nele, justiça de Deus.

6 O Ministério apostólico - 1E como seus colaboradores, exortamo-vos a não receber em vão a graça de Deus. 2Pois Ele diz:No tempo favorável, ouvi-tee, no dia da salvação, vim em teu auxílio.É este o tempo favorável, é este o dia da salvação. 3Não damos em nada qualquer motivo de escândalo, para que o nosso ministério não seja desacreditado. 4Ao contrário, em tudo nos recomendamos como ministros de Deus, com muita paciência nas tribulações,nas necessidades e nas angústias, 5nos açoites e nas prisões,nos tumultos e nas fadigas,nas vigílias e nos jejuns, 6pela pureza e pela ciência,pela magnanimidade e pela bondade,pelo Espírito Santoe pelo amor sem fingimento, 7pela palavra da verdadee pelo poder de Deus,pelas armas ofensivase defensivas da justiça; 8na honra e na desonra,na má e na boa fama;tidos por impostorese, no entanto, verdadeiros; 9por desconhecidose, no entanto, bem conhecidos;por agonizantese, no entanto, eis-nos com vida;por condenadose, no entanto, livres da morte; 10por tristes, nós que estamos sempre alegres;por pobres, nós que enriquecemos a muitos;por nada tendoe, no entanto, tudo possuindo. 11A nossa boca tem-se aberto para vós, ó coríntios; dilatou-se o nosso coração. 12Não é estreito o espaço que tendes em nós; o vosso íntimo é que se estreitou. 13Pagai-nos com a mesma moeda - como a filhos vos falo: dilatai, também vós, o vosso coração.
Templos de Deus - 14Não vos prendais ao mesmo jugo com os infiéis. Que união pode haver entre a justiça e a impiedade ou que há de comum entre a luz e as trevas? 15Que acordo pode existir entre Cristo e Belial ou que parte tem o fiel com o infiel? 16Que compatibilidade é possível entre o templo de Deus e os ídolos?Porque nós somos o templo do Deus vivo, como o mesmo Deus disse: Habitarei e andarei no meio deles, Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. 17Por isso, saí do meio dessa gente e afastai-vos, diz o Senhor. Não toqueis no que é impuro e Eu vos acolherei, 18e serei para vós um pai e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.

7 1De posse destas promessas, caríssimos, purifiquemo-nos de toda a mácula da carne e do espírito, completando a obra da nossa santificação no temor de Deus. 2Dai-nos um lugar nos vossos corações. Não causámos dano a ninguém, não defraudámos ninguém, não explorámos ninguém. 3Não digo isto para vos condenar, pois já vos disse que estais no nosso coração para a vida e para a morte. 4Tenho muita confiança em vós e de vós muito me orgulho. Estou cheio de consolação e transbordo de alegria no meio de todas as nossas tribulações.
Alegria de Paulo pelas boas notícias - 5Com efeito, chegados à Macedónia, não tivemos qualquer sossego, mas sofremos toda a espécie de tribulação: lutas, por fora; temores, por dentro. 6Deus, porém, que consola os humildes, consolou-nos com a chegada de Tito, 7e não só com a sua chegada mas também com a consolação que ele tinha recebido de vós. Contou-nos ele o vosso vivo desejo, a vossa aflição, a vossa solicitude por mim, de modo que ainda mais me regozijei. 8Sim, se vos causei tristeza com a minha carta, não me arrependo. E se então me arrependi - pois vejo que essa carta vos entristeceu, embora por pouco tempo - 9agora alegro-me, não por vos ter entristecido, mas por essa tristeza vos ter levado ao arrependimento. Com efeito, a vossa tristeza foi segundo Deus e assim não sofrestes nenhum dano da nossa parte. 10Porque a tristeza, segundo Deus, produz um arrependimento que leva à salvação e não dá lugar ao remorso, enquanto a tristeza do mundo produz a morte. 11Vede antes o que essa mesma tristeza segundo Deus produziu em vós:quanta solicitude,e até quantas desculpas;quanta indignaçãoe quanto temor;que vivo desejo, que zelo,que punição!De qualquer modo, mostrastes que estáveis inocentes neste caso. 12Portanto, se vos escrevi, não foi por causa daquele que cometeu aofensa, nem por causa do ofendido, mas para que a vossa solicitude por nós se tornasse patente a vós, diante de Deus. 13Foi por isso que ficámos consolados.Mas, além desta consolação, ainda mais nos alegrámos pela alegria de Tito, pois o seu espírito ficou tranquilizado a respeito de todos vós. 14Se diante dele me gloriei um pouco de vós, não tive de que me envergonhar; mas como em tudo vos temos falado com verdade, também o louvor que de vós fizemos a Tito resultou verdadeiro. 15A sua afeição por vós aumenta ainda mais, ao lembrar-se da obediência de todos vós, e de como o acolhestes com temor e reverência. 16Alegro-me de poder, em tudo, contar convosco.

II. COLECTA EM FAVOR DE JERUSALÉM (8,1-9,15; ver Act 24,17; Rm 15,25-27; Gl 2,10)
8 O exemplo das igrejas da Macedónia - 1Queremos dar-vos a conhecer, irmãos, a graça que Deus concedeu às igrejas da Macedónia. 2No meio das muitas tribulações com que foram provadas, a sua superabundante alegria e extrema pobreza transbordaram em tesouros de generosidade. 3Sou testemunha de que, segundo as suas possibilidades, e até além delas, com toda a espontaneidade 4e com muita insistência, pediram-nos a graça de participar neste serviço em favor dos santos. 5E indo além das nossas expectativas, deram-se a si mesmos, primeiro ao Senhor e depois a nós, pela vontade de Deus. 6Por isso, pedimos a Tito que, tal como a havia começado, levasse a bom termo, entre vós, esta obra de generosidade. 7Mas, dado que tendes tudo em abundância - fé, dom da palavra, ciência, toda a espécie de zelo e amor que em vós despertámos - cuidai também de sobressair nesta obra de caridade. 8Não o digo como quem manda, mas para pôr ainda à prova a sinceridade do vosso amor, servindo-me do zelo dos outros. 9Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza. 10É um conselho que vos dou a este respeito: isto é o que vos convém, já que, desde o ano passado, fostes os primeiros não só a empreender a obra mas até a projectá-la. 11Agora, portanto, levai-a a bom termo, para que, como fostes prontos no querer, também o sejais no executar, conforme as vossas possibilidades. 12Porque, quando existe boa vontade, ela é bem aceite em atenção ao que se tiver, e não ao que se não tem. 13Não se trata de, ao aliviar os outros, vos fazer entrar em apuros, mas sim de que haja igualdade. 14No momento presente, o que vos sobra a vós supera a indigência dos outros, para que um dia o supérfluo deles compense a vossa indigência. Assim haverá igualdade, 15como está escrito:Quem muito recolheu, não teve de maise a quem recolheu pouco, nada faltou.
Os enviados de Paulo - 16Graças sejam dadas a Deus que pôs no coração de Tito o mesmo zelo por vós. 17Não só recebeu bem o convite, mas, muito solícito, espontaneamente, partiu para junto de vós. 18Com ele enviámos aquele que é louvado em todas as igrejas, pela pregação do Evangelho, 19e que, além disso, foi escolhido pelas igrejas para nosso companheiro de viagem, nesta obra de generosidade que é administrada por nós, para glória do Senhor e em testemunho da nossa boa vontade. 20Queremos, assim, evitar o risco de que alguém nos censure a respeito desta abundante colecta que é administrada por nós, 21porque nos esforçamos por fazer o bem, não só diante do Senhor mas também diante dos homens. 22Com eles enviámos também o nosso irmão, cujo zelo temos experimentado, de muitos modos e muitas vezes, e que agora se mostra ainda mais solícito, pela grande confiança que deposita em vós. 23Quanto a Tito, é meu companheiro e meu colaborador junto de vós; quanto aos nossos irmãos, são enviados das igrejas, glória de Cristo. 24Dai-lhes, pois, diante da igreja, a prova do vosso amor e justificai, junto deles, o orgulho que sentimos por vós.

9 O exemplo das igrejas da Acaia - 1A respeito do serviço em favor dos santos, é supérfluo que vos escreva. 2Conheço a vossa boa vontade, que enalteço, para vossa glória, junto dos macedónios: «A Acaia está pronta, desde o ano passado.» E o vosso zelo tem servido de estímulo a muitos outros. 3Enviei-vos, todavia, os irmãos para que o elogio que fiz de vós não seja desmentido neste particular e para que, como disse, estejais preparados. 4Não aconteça que, indo comigo alguns macedónios e encontrando-vos desprevenidos, nós, para não dizer vós, ficássemos envergonhados de tal confiança. 5Julgámos, por isso, necessário pedir aos irmãos que fossem adiante ter convosco e preparassem, de antemão, a vossa oferta prometida, e assim esta esteja já pronta como sinal de liberalidade e não de avareza. 6Ficai sabendo:Quem pouco semeia,também pouco colherá;mas quem semeia com generosidade,com generosidade também colherá. 7Cada um dê como dispôs em seu coração, sem tristeza nem constrangimento, pois Deus ama quem dá com alegria. 8E Deus tem poder para vos cumular de toda a espécie de graça, para que, tendo sempre e em tudo quanto vos é necessário, ainda vos sobre para as boas obras de todo o género. 9Como está escrito:Distribuiu, deu aos pobres;a sua justiça permanece para sempre. 10Aquele que dá a semente ao semeador e o pão em alimento, também vos dará a semente em abundância e multiplicará os frutos da vossa justiça. 11Assim, sereis enriquecidos em tudo, para exercer toda a espécie de generosidade que suscitará, por nosso intermédio, a acção de graças a Deus. 12Porque o serviço desta colecta não deve apenas prover às necessidades dos santos, mas tornar-se abundante fonte de muitas acções de graças a Deus. 13Através da comprovada virtude deste serviço, eles glorificarão a Deus pela obediência que professais para com o Evangelho de Cristo, e pela generosidade da comunhão em benefício deles e de todos. 14E nas suas orações por vós, eles mostrarão quanto vos estimam, por causa da extraordinária graça que Deus vos concedeu. 15Graças sejam dadas a Deus pelo seu dom inefável!

III. DEFESA DE PAULO (10,1-13,13)
10 Refutação das calúnias - 1Sou eu mesmo, Paulo, quem vos exorta pela mansidão e bondade de Cristo. Eu, que sou tão humilde quando estou no meio de vós, na vossa presença, mas tão ousado para convosco, quando estou longe! 2Rogo-vos que, quando estiver presente, não me obrigueis a usar da autoridade com que penso dever afrontar aqueles que consideram o nosso comportamento inspirado por critérios humanos. 3Pois, embora vivamos numa natureza frágil, não lutamos por motivos humanos. 4As armas do nosso combate não são de origem humana, mas, por Deus, são capazes de destruir fortalezas. Destruímos os sofismas 5e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus e cativamos todo o pensamento para o conduzir à obediência a Cristo. 6Estamos prontos a punir qualquer desobediência, quando a vossa obediência for completa. 7Olhai as coisas de frente. Se alguém está convencido de pertencer a Cristo, tome consciência, de uma vez por todas, de que assim como ele é de Cristo, também nós o somos. 8E ainda que eu me gloriasse em excesso do poder que Deus nos deu para a vossa edificação, e não para a vossa ruína, não teria de que me envergonhar. 9Não quero, porém, dar a impressão de querer intimidar-vos por cartas, 10porque - dizem eles - «as suas cartas são duras e enérgicas, mas quando está presente é fraco e a sua palavra, desprezível.» 11Aquele que assim fala saiba que, tal como sou em palavras, por cartas, quando estou ausente, tal serei também por acções, quando estiver presente. 12Em verdade, não ousamos igualar-nos ou comparar-nos a alguns daqueles que se recomendam a si mesmos. Medindo-se pela sua própria medida e comparando-se consigo mesmos, dão provas de pouco senso. 13Quanto a nós, não nos gloriaremos desmedidamente, mas de acordo com a norma que Deus nos atribuiu para poder chegar até vós. 14De facto, não ultrapassamos os limites, como seria o caso, se não tivéssemos chegado até vós, pois fomos mesmo ter convosco com o Evangelho de Cristo. 15Não nos gloriamos desmedidamente com trabalhos alheios. Temos a esperança de que, com os progressos da vossa fé, cresceremos cada vez mais em vós, segundo a norma que nos foi dada, 16levando o Evangelho para além das vossas fronteiras, sem contudo entrarmos em campo alheio, para não nos gloriarmos de trabalhos já feitos. 17Quem se gloria, que se glorie no Senhor, 18pois não é aquele que se recomenda a si próprio que é aprovado, mas aquele que o Senhor recomenda.
11 Auto-elogio do Apóstolo - 1Oxalá pudésseis suportar um pouco de insensatez da minha parte! Mas, de certo, ma suportareis. 2Sinto por vós um ciúme semelhante ao ciúme de Deus, pois vos desposei com um único esposo, Cristo, a quem devo apresentar-vos como virgem pura. 3Mas receio que, como a serpente seduziu Eva com a sua astúcia, os vossos pensamentos se deixem corromper, desviando-se da simplicidade que é devida a Cristo. 4Pois de boamente aceitais alguém que surge a pregar-vos outro Jesus diferente daquele que nós pregámos, ou acolheis um espírito diferente daquele que recebestes, ou um Evangelho diverso daquele que abraçastes. 5Ora, eu penso que em nada sou inferior a esses superapóstolos. 6E embora seja menos perito na palavra, não o sou, certamente, na ciência. Em tudo e de todas as maneiras vo-lo temos demonstrado. 7Porventura cometi alguma falta, ao humilhar-me para vos exaltar, quando vos anunciei gratuitamente o Evangelho de Deus? 8Despojei outras igrejas, recebendo delas o sustento para vos servir, 9e encontrando-me necessitado no meio de vós, não fui pesado a ninguém, pois os irmãos vindos da Macedónia é que proveram às minhas necessidades. Em tudo me guardei de vos ser molesto e continuarei a fazê-lo. 10Pela verdade de Cristo que está em mim, não me será tirado este motivo de glória nas regiões da Acaia. 11E porquê? Porque não vos amo? Deus o sabe! 12O que faço, continuarei a fazê-lo, para não dar qualquer pretexto àqueles que o buscam, a fim de aparecerem como nós naquilo de que se gloriam. 13Esses tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, disfarçados de apóstolos de Cristo. 14E não é de estranhar! Também Satanás se disfarça em anjo de luz! 15Não é por isso grande coisa se os seus ministros se disfarçarem de servidores da justiça. O fim deles será conforme às suas obras.
Trabalhos apostólicos de Paulo (Act 15-28) - 16Volto a dizê-lo. Ninguém me tenha por insensato. Ou então, aceitai-me como insensato, para que também eu possa gloriar-me um pouco. 17O que vou dizer, não o digo segundo o Senhor, mas como num assomo de insensatez, certo de que tenho motivos para me gloriar. 18Já que muitos se gloriam por motivos humanos, também eu o vou fazer. 19Na verdade, tão sensatos como sois, suportais de bom grado os insensatos. 20Suportais quem vos escraviza, vos devora, vos explora, vos trata com arrogância, vos esbofeteia. 21Para nossa vergonha o digo: como fracos nos mostramos. Mas daquilo de que alguém se faz forte - eu falo como insensato - também eu me pos-so fazer. 22São hebreus? Também eu. São israelitas? Também eu. São descendentes de Abraão? Também eu. 23São ministros de Cristo? - Falo a delirar - eu ainda mais: muito mais pelos trabalhos, muito mais pelas prisões, imensamente mais pelos açoites, muitas vezes em perigo de morte. 24Cinco vezes recebi dos Judeus os quarenta açoites menos um. 25Três vezes fui flagelado com vergastadas, uma vez apedrejado, três vezes naufraguei, e passei uma noite e um dia no alto mar. 26Viagens a pé sem conta,perigos nos rios,perigos de salteadores,perigos da parte dos meus irmãos de raça,perigos da parte dos pagãos,perigos na cidade,perigos no deserto,perigos no mar,perigos da parte dos falsos irmãos! 27Trabalhos e duras fadigas,muitas noites sem dormir,fome e sede,frequentes jejuns, frio e nudez! 28Além de outras coisas, a minha preocupação quotidiana, a solicitude por todas as igrejas! 29Quem é fraco, sem que eu o seja também? Quem tropeça, sem que eu me sinta queimar de dor? 30Se é mesmo preciso gloriar-se, é da minha fraqueza que me gloriarei. 31O Deus e Pai do Senhor Jesus, que é bendito para sempre, sabe que não minto. 32Em Damasco, o etnarca do rei Aretas mandou guardar a cidade dos damascenos para me prender. 33Mas fui descido num cesto, por uma janela, ao longo da muralha, e assim escapei das suas mãos.

12 Revelações e fraquezas de Paulo - 1É necessário que me glorie? Na verdade, não convém! Apesar disso, recorrerei às visões e revelações do Senhor. 2Sei de um homem, em Cristo, que, há catorze anos - ignoro se no corpo ou se fora do corpo, Deus o sabe! - foi arrebatado até ao terceiro céu. 3E sei que esse homem - ignoro se no corpo ou se fora do corpo, Deus o sabe! - 4foi arrebatado até ao paraíso e ouviu palavras inefáveis que não é permitido a um homem repetir. 5Desse homem gloriar-me-ei; mas de mim próprio não me hei-de gloriar, a não ser das minhas fraquezas. 6Decerto, se quisesse gloriar-me, não seria insensato, pois diria a verdade. Mas abstenho-me, não vá alguém formar de mim um juízo superior ao que vê em mim ou ouve dizer de mim. 7E porque essas revelações eram extraordinárias, para que não me enchesse de orgulho, foi-me dado um espinho na carne, um anjo de Satanás, para me ferir, a fim de que não me orgulhasse. 8A esse respeito, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. 9Mas Ele respondeu-me: «Basta-te a minha graça, porque a força manifesta-se na fraqueza.»De bom grado, portanto, prefiro gloriar-me nas minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo. 10Por isso me comprazo nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições e nas angústias, por Cristo. Pois quando sou fraco, então é que sou forte.

Ministério de Paulo em Corinto - 11Procedi como um insensato! Mas vós é que me forçastes a isso. Por vós é que eu deveria ter sido recomendado, pois em nada fui inferior a esses superapóstolos, embora eu nada seja. 12Os sinais distintivos do Apóstolo realizaram-se entre vós, por uma paciência a toda a prova, por sinais, milagres e prodígios. 13Em que fostes, na verdade, inferiores às outras igrejas, a não ser que, pessoalmente, não vos fui pesado? Perdoai-me esta injustiça. 14Eis que estou pronto a ir ter convosco pela terceira vez, mas não vos serei pesado, porque não procuro as vossas coisas mas a vós mesmos. Não compete aos filhos entesourar para os pais, mas sim aos pais para os filhos. 15Quanto a mim, de bom grado darei o que tenho e dar-me-ei a mim mesmo totalmente, em vosso favor. Será que, por vos ter mais amor, sou menos amado? 16Mas seja! Não vos fui pesado, mas, astuto como sou, conquistei-vos pela fraude. 17Será que vos defraudei por algum daqueles que vos enviei? 18Insisti com Tito e enviei com ele outro irmão. Será que Tito vos defraudou? Não caminhamos segundo o mesmo espírito? Não seguimos os mesmos passos?

Apreensões e advertências - 19Desde há muito pensais que queremos justificar-nos diante de vós. Não. Perante Deus, em Cristo, é que falamos. E tudo, caríssimos, para vossa edificação. 20De facto, temo que à minha chegada, possa não vos encontrar como desejaria e que vós não me encontreis como desejaríeis. Temo que haja entre vós contendas, invejas, rixas, dissensões, calúnias, murmurações, arrogâncias e desordens. 21Temo que, ao voltar, o meu Deus me humilhe em relação a vós, e tenha de lamentar muitos dos que pecaram no passado e não se converteram da impureza, da imoralidade e da devassidão que praticaram.

13 Últimas advertências - 1Pela terceira vez, vou ter convosco. Pela palavra de duas ou três testemunhas será decidido qualquer assunto. 2Já o disse, como por ocasião da minha segunda visita, e repito-o agora que estou ausente, àqueles que pecaram anteriormente e a todos os demais: se voltar, não usarei de clemência, 3já que pretendeis ter uma prova de que Cristo fala em mim. Ele não é fraco em relação a vós, mas manifesta em vós o seu poder! 4Sim, se foi crucificado na sua fraqueza, agora está vivo pelo poder de Deus. Nós também somos fracos nele, mas viveremos com Ele pelo poder de Deus que actua em vós. 5Examinai-vos a vós mesmos para ver se estais na fé; ponde-vos à prova. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? A não ser que sejais reprovados no exame. 6Espero, porém, que reconheçais que nós não fomos reprovados. 7Pedimos a Deus que não façais nada de mal, não para parecermos aprovados, mas para que pratiqueis o bem, mesmo se tivermos de passar por reprovados. 8Não temos qualquer poder contra a verdade, mas só a favor da verdade. 9Alegramo-nos quando somos fracos e vós sois fortes. E isto pedimos nas nossas orações: o vosso aperfeiçoamento. 10Por isso, estando ausente, vos escrevo estas coisas, para que, uma vez presente, não tenha de usar de rigor, conforme o poder que o Senhor me deu para edificar e não para destruir.

Conclusão - 11De resto, irmãos, sede alegres, tendei para a perfeição, confortai-vos uns aos outros, tende um mesmo sentir, vivei em paz e o Deus do amor e da paz estará convosco. 12Saudai-vos mutuamente com o ósculo santo. Saúdam-vos todos os santos. 13A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós!

Sem comentários:

Enviar um comentário